Padronização de
painéis em light steel frame
1.
Introdução
O Light Steel Frame
(LSF) é um sistema construtivo apropriado a edificações leves, cujos elementos
são painéis reticulados constituídos por perfis de aço formados a frio com
revestimento metálico.
Estes painéis se constituem nas paredes da edificação e podem ser estruturais ou simplesmente de vedação. Os painéis estruturais fazem o papel dos pilares e das vigas, de forma similar ao sistema de alvenaria estrutural. Os painéis não estruturais ou de vedação apenas fazem o papel das paredes ou divisórias. A figura 1 exemplifica o sistema.
Estes painéis se constituem nas paredes da edificação e podem ser estruturais ou simplesmente de vedação. Os painéis estruturais fazem o papel dos pilares e das vigas, de forma similar ao sistema de alvenaria estrutural. Os painéis não estruturais ou de vedação apenas fazem o papel das paredes ou divisórias. A figura 1 exemplifica o sistema.
Figura
1: Exemplo de edificação utilizando o sistema LSF
Este sistema existe há mais de 50 anos,
porém somente chegou ao Brasil no final da década de 1990 e é utilizado em
residências unifamiliares, pequenos edifícios residenciais, pequenos comércios,
postos de saúde, clínicas, igrejas, escolas, etc.
As principais vantagens deste sistema são: construção industrializada com as peças fabricadas em série e conseqüente rapidez na montagem, baixo peso e conseqüente facilidade de execução e, principalmente, baixo custo sem redução de qualidade e durabilidade da obra.
Os perfis podem ser obtidos em perfiladeiras ou em dobradeiras. Os mais comuns são os perfis U simples e U enrijecido, mostrados na figura 2. Os perfis simples são utilizados como guias, ou seja, elementos horizontais do painel, situados nos seus limites superior e inferior, enquanto os perfis enrijecidos são utilizados como montantes, ou seja, elementos verticais que recebem as cargas das lajes e da cobertura. O princípio de formação dos painéis é mostrado na figura 3.
As principais vantagens deste sistema são: construção industrializada com as peças fabricadas em série e conseqüente rapidez na montagem, baixo peso e conseqüente facilidade de execução e, principalmente, baixo custo sem redução de qualidade e durabilidade da obra.
Os perfis podem ser obtidos em perfiladeiras ou em dobradeiras. Os mais comuns são os perfis U simples e U enrijecido, mostrados na figura 2. Os perfis simples são utilizados como guias, ou seja, elementos horizontais do painel, situados nos seus limites superior e inferior, enquanto os perfis enrijecidos são utilizados como montantes, ou seja, elementos verticais que recebem as cargas das lajes e da cobertura. O princípio de formação dos painéis é mostrado na figura 3.
Figura
2: Perfis formados a frio utilizados na confecção dos painéis do sistema LSF.
Figura
3: Formação dos painéis.
A
construção com o sistema construtivo LSF pode ser feita de três formas
distintas:
·
a partir dos perfis isolados, formando
as paredes no canteiro de obras,
·
a partir de painéis pré-fabricados ou
·
a partir de módulos volumétricos, que
são recintos pré-fabricados.
O processo construtivo é como o de um jogo de montar; as peças isoladas ou os painéis ou os módulos chegam ao canteiro de obras e, então, são acoplados uns aos outros definindo a edificação. Outros elementos tais como telhas, instalações e revestimentos em geral são utilizados, complementando a obra.
Como dito, este sistema é largamente utilizado na América do Norte, na Europa e no Japão, porém, no Brasil, apesar de seu uso ser crescente, ainda é utilizado quase que exclusivamente em edificações de alto padrão, a partir de projetos arquitetônicos usuais, de caráter exclusivista. Neste trabalho, pretende-se propor uma metodologia de projeto baseada em painéis padronizados, com o intuito de tornar o uso do sistema acessível a qualquer padrão de construção, inclusive de baixa renda.
2. Os painéis padronizados
Os
painéis do sistema LSF são, em geral, revestidos internamente com placas de
gesso acartonado e externamente com placas ou painéis de materiais variados
tais como de madeira do tipo OSB, cimentícios, metálicos, etc.
Neste trabalho, foi considerado o revestimento interno usual (gesso acartonado) e o externo com placas de OSB, em função do menor custo deste tipo de revestimento. Os painéis propostos são classificados de três
formas distintas:
Neste trabalho, foi considerado o revestimento interno usual (gesso acartonado) e o externo com placas de OSB, em função do menor custo deste tipo de revestimento. Os painéis propostos são classificados de três
formas distintas:
2.1.
Quanto ao tamanho:
Como
as chapas de gesso são fabricadas com 1,20m de comprimento, foi definido que os
painéis seriam formados com montantes distantes, no máximo, 60 cm um do outro.
Suas medidas seriam múltiplas de 20 cm, fazendo com que houvesse grande
flexibilidade no projeto, isto é, as dimensões a serem utilizadas não se
diferenciariam de mais de 20 cm.
Foram definidos, então, os seguintes tamanhos de painéis: 1,00m – 1,20m – 1,40m – 1,60m – 1,80m – 2,00m. Para compor paredes com medidas superiores a 2,00m, serão utilizados dois ou mais painéis.
A altura dos painéis foi definida igual 2,65m, de modo a poder receber vigas sem que o pé-direito seja excessivo. Em princípio, os perfis que compõem os painéis foram pensados com as dimensões mostradas na figura 2.
Foram definidos, então, os seguintes tamanhos de painéis: 1,00m – 1,20m – 1,40m – 1,60m – 1,80m – 2,00m. Para compor paredes com medidas superiores a 2,00m, serão utilizados dois ou mais painéis.
A altura dos painéis foi definida igual 2,65m, de modo a poder receber vigas sem que o pé-direito seja excessivo. Em princípio, os perfis que compõem os painéis foram pensados com as dimensões mostradas na figura 2.
2.2.
Quanto às aberturas:
Os
painéis podem ser de dois tipos: os painéis cegos, nos quais inexistem
quaisquer aberturas (portas ou janelas), e os painéis com aberturas, que são
classificados de acordo com o tipo de porta e/ou janela que possuírem e de
acordo com a posição destas aberturas, que podem estar no centro do painel
(painel centralizado) ou em uma das extremidades (painel de extremidade).
2.3.
Quanto à forma de conexão:
Em
função das possibilidades de conexão entre si, os painéis podem ser dos tipos:
interno (SS), com perfis simples nas extremidades, intermediário (SD), com
perfil simples numa extremidade e duplo na outra, e externo (DD), com perfis
duplos nas duas extremidades. As figuras abaixo esclarecem a função de cada
tipo de painel, mostrando as conexões em que podem ser utilizados.
No Anexo A, serão mostrados exemplos dos painéis
construídos a partir dos princípios acima descritos.
Figura
4: Painel SS
O
painel do tipo SS apresenta acabamento simples em ambas as extremidades, ou
seja, apenas um perfil metálico fazendo o fechamento do painel. Desde modo,
permite a conexão com outros painéis, tanto na colocação lado a lado, como
perpendicularmente, como mostra a figura 4.
Por este motivo, é utilizado, na maioria das vezes, como um painel interno.
Por este motivo, é utilizado, na maioria das vezes, como um painel interno.
Figura
5: Painel SD
Já
painel do tipo SD apresenta acabamento simples em uma extremidade, e duplo em
outra extremidade. Desde modo, permite diferentes conexões com outros painéis,
sendo utilizado em diferentes situações.
Figura
6: Painel DD
O painel DD apresenta acabamento duplo
em ambas extremidades, o que propicia o encaixe perpendicular com outros
painéis. É utilizado, na maioria das vezes, para fechamento externo de um ambiente.
Para permitir uma variedade de encaixes e usos para os painéis ilustrados acima, foram criadas as seguintes conexões:
Para permitir uma variedade de encaixes e usos para os painéis ilustrados acima, foram criadas as seguintes conexões:
Figura
7: Conexão 1
Conexão
1: Trata-se do encaixe lateral entre duas extremidades simples, sendo
utilizada, por este motivo, entre painéis SS ou SD
Figura
8: Conexão 2
Conexão
2: Trata-se do encaixe perpendicular entre duas extremidades, uma simples e uma
dupla. É utilizada em “quinas” e pode ocorrer entre os três tipos de painéis
descritos.
Figura
9: Conexão 3
Conexão
3: Trata-se do encaixe perpendicular entre três extremidades. Esta conexão será
amplamente usada quando houver o encontro perpendicular entre duas paredes, sem
que elas formem uma “quina” como no caso anterior. Esta conexão acontecerá
entre uma extremidade dupla (de um painel SD ou DD) e duas extremidades simples
(de painéis SS ou SD).
3. Metodologia do projeto
Para
se projetar com estes painéis, é necessária uma metodologia que facilite a
elaboração do projeto, buscando resultados rápidos e eficientes. A seguir, é
mostrada uma metodologia que, de acordo com as experimentações realizadas,
atinge este objetivo.
1°
passo: Definir a planta baixa da edificação (paredes com 9,2cm de espessura –
largura do perfil utilizado nas guias).
Figura
10.a: Planta Baixa
2° passo: Com a planta baixa definida, traçar
linhas de prolongamento das quinas e dos encontros de paredes, até a
extremidade oposta do ambiente ou dos ambientes.
Figura
10.b: Definição das áreas de ocorrência da malha de modulação
Os
espaços delimitados formarão as áreas de ocorrência da malha de modulação e
ajudarão a definir os painéis ideais para cada situação.
3° passo: Traçar a malha moduladora, nos espaços delimitados
no 2º passo; a malha permitirá módulos com dimensões de 20, 40 ou 60 cm.
Figura
10.c: Configuração da malha
A partir deste
momento, tem-se uma subdivisão modulada dos espaços internos, que servirá para
que, no próximo passo, sejam definidos os tipos de painéis a serem utilizados
nesta planta.
4°
passo: Subdividir as paredes nas dimensões dos painéis padronizados e
posicionar os perfis (montantes) nos eixos da malha, de acordo com os tipos de
painel (DD, SD ou SS).
Seria interessante publicar o(s) nome(s) do(s) autor(es) do texto.
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